Depois do caso Bruma, estive algumas vezes na SAD do Sporting sem me ter cruzado com o presidente.
Ontem, fui acompanhar o Rúben Semedo no processo de cedência para o Vitória de Setúbal.
Estive em contato direto com o presidente, tendo sugerido algumas alterações ao teor do contrato de cedência, que prontamente aceitou.
Encontrei um presidente muito bem disposto.
Da minha parte, nunca tive receio de entrar em Alvalade porque ao longo do processo "Bruma" tratei sempre com o máximo de respeito todos os envolvidos e centrei o meu objetivo em defender os interesses do jogador e, paralelamente, os do Sporting (o Sporting encaixou com o negócio até à data €13.000.000,00).
Foi um encontro muito bem disposto.
O Benfica entrou receoso no jogo. É verdade, e o Rui Vitória já reconheceu esse facto.
Entrou receoso, não porque tinha medo do Sporting, mas apenas porque apresentou toda a linha defensiva com poucas rotinas de jogo e esse fato só por si limitou a atitude da equipa. Compreensível.
A partir dos 15 minutos, equilibrou o jogo.
Para os benfiquistas foi muito pouco. Estavam habituados a dominar.
Faltou acutilância ao Benfica, principalmente, depois de uma reacção bem conseguida ao golo do Sporting, numa fase em que dominou e demonstrou ser uma equipa competitiva e com fibra, mas ainda com poucas ideias consistentes de jogo, como equipa.
Obrigou o Sporting a recuar as linhas para zonas perigosas e a defender muito próximo da sua área de baliza, obrigando ao reforço do meio campo com a entrada do Rúben Semedo - será que foi por medo do Benfica? - que rapidamente passou a jogar como 3.º defesa central, com o objectivo de estancar o crescente caudal ofensivo do Benfica.
Compreendo a entrada do Glorioso em jogo e compreendo também o facto de, a partir dos 75 minutos, adotar o futebol direto que beneficiou o Sporting e lhe permitiu respirar melhor. Trata-se de uma constatação de que o futebol direto facilita quem defende.
Apenas compreeendo essa opção, porque a equipa das águias ainda não se sente confortável ao ponto de conseguir jogar com o relógio, mantendo uma circulação de bola eficaz e paciente.
O melhor processo para desiquilibrar a defensiva do Sporting ou de qualquer outra equipa profissional é circular a bola de forma paciente - não significa circular de forma lenta e denunciada, mas sim rápida, obrigando a diambulações até encontrar espaços de penetração.
O pontapé para a frente não está no ADN do Benfica e nenhum dos grandes clubes europeus utiliza o jogo direto a não ser de forma esporádica e durante determinadas fases do jogo, ou nas bolas de saída quando a equipa adversária utiliza a pressão alta eficazmente.
Outro aspeto do jogo que facilitou a vida do Sporting foi a entrada do Mitroglu e passo a explicar:
No jogo de ontem, a entrada de um ponta de lança tinha que ser para fixar os defesas contrários. O facto de recuar no campo à procura de bola aumentou o número de jogadores no meio campo. Tinha de fixar os defesas centrais do Sporting, o que daria mais espaço no meio campo (para além dos jogadores que ocupam posições nessa zona do campo, agora temos de somar os centaris do Sporting e o ponta de lança do benfica - muita gente, muita confusão e muitas faltas). Ora o facto de descer ao meio campo para apoiar os colegas fez com que os defesas dos leões o acompanhessem, congestionando dessa forma essa zona do campo.
Ninguém gosta de perder. Mas ontem, o Sporting foi um justo vencedor.
Não obstante, o Benfica tem uma equipa competitiva.
A minha filha enviou-me este vídeo e gostei de recordar uma etapa da minha vida.
Normalmente, não gosto muito de usar o retrovisor, mas ao ver estas imagens tive boas sensações.
Às vezes, o passado estimula-nos para "atacar" com maior vigor o presente e o futuro.
http://www.dailymotion.com/video/xj0ejk_penafiel-4-sporting-0-de-1987-1988_sport
As comparações fazem parte da competetividade e são uma forma de crescimento.
As comparações entre os treinadores do Sporting e do Benfica não fogem à regra.
De um lado, está Jorge Jesus, que, para além da competência que demonstrou ao longo dos anos que levou no Benfica, ganhou títulos e podia ter ganho mais - a ideia que deixou foi de que não conseguiu gerir o plantel que tinha à sua disposição de uma forma eficaz e competente nos momentos cruciais.
Do outro lado, está o Rui Vitória, que mostrou igualmente competência e também ganhou um título ao serviço do Vitória.
No imediato, pode-se pensar que o Benfica saiu a perder. Puro engano!
Jorge Jesus, quando chegou ao Benfica, precisou de tempo para implementar e consolidar as ideias de jogo.
O Rui Vitória também vai precisar de tempo para consolidar as suas, e os benfiquistas não podem esquecer que este treinador não é a extensão do anterior. Tem ideias próprias que precisam de ser assimiladas pelo plantel e bem entranhadas ao longo do tempo.
O Rui Vitória precisa de tempo e do apoio de todos os benfiquistas.
Depressa e bem, há pouco quem!
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