Esta semana veio ter comigo um jovem estudante, porque tinha um trabalho sobre o Racismo para apresentar e queria saber se estava disponível para lhes ajudar concedendo uma entrevista. Aceitei e ficou marcada para a próxima quinta-feira.
Este é um tema sempre actual e que merece algumas palavras, mas antes preciso contar-vos uma pequena história:
Não preciso dizer que nasci no seio de uma familia pobre, mas onde me foi incutido sempre o respeito pelo próximo e o orgulho de andarmos sempre de cabeça bem levantada.
A minha mãe trabalhava como mulher a dias em casa de um dos oficiais, na época colonial, em Bissau, donde sou natural. O casal em causa tinha um filho, um grande amigo de infância e colega de carteira na escola primária. No final das aulas, por volta das 12h00, ia com ele até à sua casa para depois, na companhia da minha mãe, regressar para o almoço. Na verdade sempre que isso acontecia, os patrões da minha mãe faziam questão que almoçasse com eles. O que acontecia por insistência deles, porque a minha mãe entendia que não devia. Até aqui tudo normal, pensam vocês. Mas a verdade é que o meu amigo passava mais tempo tempo em minha casa, bem mais húmilde, e até lá dormia.
Ora, quando se fala de racismo, para mim, e antes de dizer aquilo que penso, se tiverem acompanhado e lido com atenção o meu blog, facilmente reparavam que as pessoas que mais me ajudaram são todas portuguesas. Penso que se trata de um problema transversal de todas as sociedades e não é só um problema da cor da pele, é muito mais do que isso. O racismo existe entre pessoas do mesmo país, com a mesma cor da pele, existe em relação a aspectos económicos, culturais... Portanto, é um problema que sempre existiu, que deve ser combatido de forma bem vincada. Hoje em dia, com a abertura das fronteiras e da globalização ou mundialização, não faz sentido estigmatizar os estrangeiros. Falo desta vertente do Racismo, porque é aquela que tem maior enfoque, mas também é verdade que deve existir uma politica de imigração séria por parte dos governos.
Nas minhas relações pessoais e profissionais não tenho razões de queixa, porquanto as pessoas habituaram a ver em mim, acima de tudo, uma pessoa que respeita e que se dá ao respeito e penso que aqueles que me conhecem de perto, até pela minha personalidade não se atrevem sequer a tentar um minimo gesto ou comportamento Racistas.
O Racismo e a Xenofobia são uma questão de BERÇO.
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